Sicomércio Volta Redonda

Comércio com horário de funcionamento estendido

Para atender os consumidores com mais comodidade, o horário do comércio de rua também está sendo estendido. Durante a semana que antecede à data, de 06 a 10/10, o comércio pode funcionar até 20h30min. No próximo, 11/10, as lojas podem funcionar até 18h30min. Para abrir, é preciso comunicar ao Sindicato do Comércio Varejista de Volta Redonda (Sicomércio-VR) e ao SEC (Sindicato dos Empregados do Comércio), pelo Termo de Adesão. Volta Redonda conta hoje, no geral, com mais de 12 mil estabelecimentos comerciais, tanto no setor de varejo quanto de serviço, gerando quase 50 mil empregos diretos.

“Estamos otimistas com relação às vendas, porque é a segunda melhor data para lojas especializadas em produtos infantis, ficando atrás apena do Natal. E, como sempre, pensando numa flexibilidade de horário para atendimento, o comércio de uma forma geral, pode funcionar até mais tarde, respeitando a Coleção Coletiva. As lojas da nossa cidade estão preparadas e com um mix variado de produtos, com promoções e facilidades para pagamento”, afirmou Levi Freitas, presidente do Sicomércio-VR.

As vendas para o Dia das Crianças, no próximo dia 12, devem movimentar R$ 9,96 bilhões no comércio, o que representa alta de 1,1% em relação ao ano passado, quando as compras somaram R$ 9,85 bilhões. Caso a expectativa se confirme, será a melhor data dos últimos 12 anos.

A projeção divulgada nesta quarta-feira (1º) é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os quase R$ 10 bilhões esperados só ficam atrás de 2014 (R$ 10,5 bilhões). Os valores são reais, isto é, já incluem a inflação do período.

O Dia das Crianças é a terceira data mais importante para o comércio, ficando apenas atrás do Natal (R$ 72,8 bilhões em 2024) e do Dia das Mães (R$ 14,5 bilhões em 2025).

De acordo com a CNC, a maior fatia das vendas irá para o setor de vestuário e calçados, representando 27% do montante. Veja abaixo a expectativa para cada segmento:

Vestuário, calçados e acessórios: R$ 2,71 bilhões
Eletroeletrônicos e brinquedos: R$ 2,66 bilhões
Farmácias, perfumarias e cosméticos: R$ 2,15 bilhões
Móveis e Eletrodomésticos: R$ 1,29 bilhão
Hiper e supermercados: R$ 690 milhões
Outros segmentos: R$ 45 milhões

Freio dos juros
De acordo com o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, apesar de as vendas esperadas serem as maiores em mais de dez anos, o aumento de 1,1% na passagem de 2024 para 2025 poderia ser maior, se não fosse o cenário atual de juros altos e inflação.

“A inflação ainda não está onde a gente quer, e os juros, justamente por conta disso, estão também em um patamar que ninguém deseja, um patamar muito elevado. Então, a combinação desses dois fatores explica por que as vendas não vão acelerar este ano, mesmo com o mercado de trabalho tão bom”, avalia.

Bentes explica que o juro elevado faz o crédito ficar mais caro e força o consumidor a fazer escolhas: “Vai parcelar o brinquedo, vai pagar o cartão de crédito? Se os juros estiverem lá em cima, o sujeito tem que colocar o pé no freio naquilo que não é considerado essencial para ele, e isso acaba prejudicando o comércio. O prejuízo acaba sendo maior para o comerciante que vende produtos financiados”, aponta.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central argumenta que mantém a taxa básica de juros, a taxa Selic, em 15% ao ano, para conter a inflação. A variação de preços somou 5,13% nos 12 meses encerrados em agosto, o que supera o teto da meta, de 4,5%.

Crédito caro e inadimplência
A CNC frisa que o juro alto causa um processo de encarecimento do crédito, o que deixou a taxa média para o consumidor em 57,65% ao ano no último mês de julho, o maior patamar para esse mês desde o ano de 2017, de acordo com dados do Banco Central.

A confederação acrescenta que o patamar dos juros também impacta no nível de inadimplência. O percentual de famílias com contas em atraso atingiu 30,4%, o maior patamar da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), iniciada em 2010.

Para além do Dia das Crianças, a CNC lembra que o comércio no país apresenta quatro meses seguidos de recuo nas vendas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Inflação das crianças
O levantamento da CNC estima que a inflação dos produtos típicos das vendas de Dia das Crianças foi superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com alta de 8,5%, em média, em relação à data em 2024.

Dos 11 itens assinalados, quatro têm inflação esperada no campo de dois dígitos:

Chocolates: 24,7%
Doces: 13,9%
Lanche: 10,9%
Cinema, teatro e concertos: 10,3%
Fábio Bentes explica que essa inflação já está consolidada, ou seja, foi formada ao longo dos últimos 11 meses. Sobre o chocolate, ele aponta que o aumento no preço é relacionado a questões internacionais.

“O chocolate tem na produção uma commodity [matérias-primas negociadas com cotações internacionais], o cacau. Sempre que a gente tem algum choque no preço de uma commodity dessas, a gente acaba tendo uma repercussão no preço no mercado interno”, aponta. “Existem dezenas, talvez centenas ou milhares de marcas desse produto, vale a boa e velha pesquisa de preço”, sugere Bentes.

Já itens considerados carros-chefe das vendas, como brinquedos (4,1%) e roupas infantis (3,3%), terão inflação menor que o índice geral, segundo estimativa da CNC.

Fonte: Agência Brasil/CNC
Crédito da foto: Agência Brasil

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